segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

Cultura e Sociedade


Cultura e Sociedade 

    Cultura e sociedade são dois "conceitos" que estão totalmente dependentes um do outro estando sempre e em qualquer parte interligados. Numa comparação um pouco grotesca podemos afirmar que se a vida fosse um jogo de futebol a sociedade seria as equipas, que trabalham em conjunto para alcançar um objetivo comum que é ganhar e a cultura seria a equipa de arbitragem que impõe as regras, para o jogo ser o mais justo possível.     

   Em termos muito simples cultura é tudo aquilo que o homem acrescenta para além da natureza, pode ser de carácter material (pirâmides do Egipto, Pártenon,...) ou imaterial (conhecimento, crenças morais, costumes, ideais e as regras, primeiramente desenvolvidas em Roma com a Lei das Doze Tábuas). A sociedade do latim "societas" significa "associação amistosa com outros", não passa de um conjunto de pessoas que interagem frequentemente. Esta sociedade é hierarquizada, ou seja, alguns indivíduos tem mais poder que outros.

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Leis das Doze Tábuas
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Pártenon














   É a partir do convivo que o homem adquire toda a sua cultura, consideramos a fala e a escrita elementos fundamentais neste processo.
   

   Ouvimos muito frequentemente dizer que existem pessoas que não tem cultura, o que está incorreto pois independentemente de alguém ter muito conhecimento, ou não saber ler ou então simplesmente não está enquadrado nos atuais modelos da sociedade, toda a gente tem cultura (com exceção das crianças selvagens que ao serem criadas em ambiente animal não tem contacto com o ser humano, apesar de que estas crianças aprendem os costumes do grupo de animais onde estão inseridas).
   Não existem culturas superiores ou inferiores apenas culturas diferentes. Se este principio fosse sempre respeitado desde o inicio da civilização humana muitas guerras e acontecimentos lamentáveis teriam sido evitados, como a escravização e talvez a 2ª Guerra Mundial.   

   As principais funções da cultura são:

          -satisfazer as necessidades humanas, o ser humano é um ser vivo como todos nos sabemos e como tal tem necessidades e instintos, tende a satisfazer certas necessidades que lhes são cedidas pela cultura, mas nem sempre é assim. 
         
          -limitar necessidades e instintos, nem sempre a cultura nos permite satisfazer totalmente necessidades e instintos, para isso criaram-se regras que limitam certos atos como forma de proteger o coletivo. Por exemplo: proibição de matar, sendo que matar é um dos instintos que o Homem possui. O ser humano trocou a liberdade pela segurança!

          -estabelecer objetivos em comum, implica de alguma forma a violação da condição natural do ser humano, visto que para alguém obter um item de luxo, como um bom carro pode ter de se privar de comer corretamente.



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Ford Mustang 1967

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Forças Policias 

   A Sociedade não passa de um grupo/conjunto de indivíduos com uma estrutura de relações, quer isto dizer uma organização, com papeis (funções) e estatutos (hierarquias).   
   
   A sociedade é gerida pela política que alberga 3 poderes, em países como  portugal, onde se acredita que a democracia é o sistema político mais justo.
   
   Estes 3 poderes são o poder executivo, que é o poder do estado que, nos moldes da constituição de um país, possui a atribuição de governar o povo e administrar os interesses públicos, cumprindo fielmente as ordenações legais, o poder legislativo, a assembleia é o órgão legislativo por excelência, podendo legislar sobre todas as matérias, ou seja, estabelecer regras sobre tudo com a exceção de estabelecer regras relativas á organização e ao funcionamento do estado e por fim o poder judicial, onde se julgam como a palavra indica todos aqueles que não obedeceram as regras impostas pelo Estado, o local de julgamento é  o tribunal.
   Existe porem um 4º poder não formal a imprensa livre, como os  jornais, rádio, canais televisivos, e todo o tipo de meios de comunicação, que tem como principais funções informar o povo, e mostrar-lhe tudo aquilo que o Estado por vezes não quer mostrar. 



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Assembleia da Republica
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Grupo de Pessoas (sociedade)
                  

Rúben Ferreira
Hélder Carneiro

domingo, 15 de dezembro de 2019

Trabalho de psicologia: Rodrigo e João Salgado

Experiência de Stanford



A experiência de Stanford


  • A experiência da prisão de Stanford foi uma experiência no ramo da psicologia destinada a investigar o comportamento humano em que os indivíduos apenas são definidos por grupo.  
  • Foi usado um grupo de voluntários a quem foram dados dois papeis distintos: o de guardas e prisioneiros numa prisão simulada. Este teste foi realizado em 1971 por Phillipp Zimbardo, da universidade de Stanford. Os resultados dos testes foram tão dramáticos que a experiência foi abandonada para não haver ainda mais danos aos voluntários. Tanto Físicos, como psicológicos. O autor da experiência usou ideias do professor francês Gustave le bom , autor do livro “A Multidão: Um Estudo da Mente Popular” , e que estuda o comportamento social do ser humano, em particular a teoria da individualização, que argumenta que os indivíduos tendem a perder a sua identidade pessoal, consciência e senso comum, alimentado se assim de impulsos dissociais.



Universidade de Stanford





 A seleção dos voluntários

  • Os voluntários foram recrutados através de publicidade num jornal, em que ele oferecia cerca de 15 dólares por dia a que se candidatasse a vaga. Dos 70 inscritos, zimbardo e a sua equipa escolheram 24 (interessante conotar que a maioria dos escolhidos preenchiam todos os mesmos traços, sendo de origem branca, de classe media e do sexo masculino)
  • Foram formados então dois grupos, os “prisioneiros” e os “guardas”. Importante referir também o facto de que a experiência foi feita nos anos 70, em que a guerra no Vietname estava na ordem do dia e que, por esses motivos, muitos dos voluntários preferiam ser prisioneiros, boicotando assim a guerra.
  • Um facto importante a referir é que a maioria dos voluntários, após a experiência, pensava que os guardas tinham sido escolhidos pelo seu tamanho e forca, facto que depois foi desferido por Zimbardo, pois ele afirmou que o estatuto de “guarda” e “prisioneiro” foi escolhido usando uma moeda atirada ao ar.


A prisão, os guardas e os prisioneiros


  • A prisão em si localizava se no subsolo do Departamento de Psicologia de Stanford, que zimbardo e a sua equipa haveriam tido preparado para esse propósito. Os guardas, tinham escolhido o seu uniforme numa loja local que consistia em: - bastões de madeira; - uniformes militares de cor bege; - óculos de sol espelhados (Zimbardo tinha tido essa ideia para despromover o contacto visual, tornando a experiência ainda mais desumana). Diferentemente dos prisioneiros, os guardas trabalhavam por turnos de 8 horas e havia a possibilidade de voltarem a casa após o “dia de trabalho”, mas muitos preferiam ficar a trabalhar para fazer horas extras sem pagamento.
  • Os prisioneiros deveriam vestir se da seguinte forma: - roupões semelhantes aos do médio oriente; - não usavam roupa interior; - chinelos de borracha. Estas foram as imposições feitas por Zimbardo, que, para ele, contribuiriam para o desconforto e a desorientação dos presos. Eles também receberam números em vez de nomes, (prática comum nos EUA e nos campos de concentração nazis , em que os judeus eram tatuados com números) Estes números eram cosidos nos seus fatos. Os prisioneiros também eram também obrigados a usar uma touca de nylon nas cabeças para simularem os cabelos rapados. Eles também usavam correntes no tornozelo.
  • Os guardas, no dia anterior do inicio da experiência haveriam ter sido convocados numa reunião de orientação, em que não foi imposta nenhuma regra a não ser o uso da violência que era proibida. Também foi referido que a prisão estaria sob o controlo deles. Importante referir o discurso de Zimbardo: “Vocês podem gerar nos prisioneiros sentimentos de tédio, de medo até certo ponto, transmitir-lhes uma noção de arbitrariedade e de que suas vidas são totalmente controladas por nós, pelo sistema, por vocês e por mim, e não terão privacidade alguma... Nós vamos privá-los de sua individualidade de diversas maneiras. De um modo geral, isso fará com que eles se sintam impotentes. Isto é, nesta situação nós vamos ter todo o poder e eles nenhum.”
  • Aos participantes que fariam de prisioneiros Zimbardo disse para apenas esperarem em casa que iriam ser convocados no dia seguinte. Mas sem qualquer aviso, a polícia local de PALO alto, que ajudou na experiência, apareceu em casa deles com queixas de assalto a mão armada.Deterem-nos e levaram nos para a prisão simulada, onde foram revistados, higienizados e receberam os seus números prisionais.




O início

  • Desde o início, a experiência ficou fora de controle, os prisioneiros eram abusados e subjugados pelos guardas prisionais, com tratamentos humilhantes e sádicos. Como resultado, após um dia da experiência, os prisioneiros já apresentavam distúrbios emocionais.
  • No segundo dia os prisioneiros incitaram uma rebelião, em que foi resolvido a partir do uso da violência física, nas horas extra não remuneradas, referidas no ponto 1 , nas quais a equipa de observação de Zimbardo não se encontrava no local. Seguidamente, os guardas decidiram dividir o grupo de prisioneiro em dois, criando um grupo de reclusos “bons” e reclusos “maus”. A divisão teve um propósito, que foi por os reclusos uns contra os outros, em que os prisioneiros bons eram acusados de serem informadores dos guardas. Esta medida foi altamente eficaz para parar com os motins. A prática de “dividir para reinar” ainda hoje é aplicado no sistema prisional dos EUA


 Os castigos e humilhações

  • A contagem dos prisioneiros, que havia sido inicialmente instruída para a ajudar os prisioneiros a habituar se aos números deles. Mas rapidamente a situação descamou para cenas de humilhação, que muitas vezes duravam para cima de 3 horas. Os guardas maltratavam os prisioneiros e forcavam-nos a castigos físicos como exercício que obrigavam esforços pesados. Rapidamente, o que era uma experiência básica, tornou se em algo sinistro. Por exemplo o direito de usar a casa de banho tornou se apenas um privilégio para alguns, Todos os colchoes foram postos na cela dos reclusos “bons”. Alguns prisioneiros foram obrigados a limpar as casas de banho com as mãos, não usando luvas e pegando nos dejetos. A comida era frequente negada, sendo usada como meio de castigo. Alguns prisioneiros foram obrigados a despir se e chegou a haver atos de humilhação sexual.


O envolvimento de Zimbardo

  • Zimbardo disse que cada vez mais se sentia dentro da sua própria experiência, que dirigiu e na qual foi igualmente participante ativo. No quarto dia da experiência, haviam rumores de tentativa de fuga por parte dos prisioneiros. Zimbardo e os guardas haveriam pedido a polícia de Palo Alto para transferir a experiência para uma ala prisional verdadeira, pedido que foi formalmente recusado. Zimbardo escreveu posteriormente nas notas que sentiu uma falta de ajuda das autoridades a sério. Á medida da evolução da experiência, os guardas apresentavam um crescente sadismo, especialmente a noite, onde eles pensavam que as câmaras estavam desligadas, Os investigadores afirmaram que aproximadamente, 1/3 dos guardas apresentavam um sadismo genuíno. E a maioria destes apresentou desgosto ao ver o projeto ter acabado precocemente.
  • Zimbardo também relatou que a prova máxima que os participantes tinham se enquadrado tao bem no papel foi, ao ser lhes oferecida a liberdade condicional, em troca do pagamento dos dias que faltavam para a experiencia terminar, a maioria dos prisioneiros aceitou o acordo. Eles apenas receberiam os dias que passaram na experiência. Porem, ao ser lhe negado que a liberdade condicional haveria sido rejeitada por o tribunal fictício, e que estes não receberiam nenhuma quantia monetária nenhuma, os prisioneiros preferiram ficarem a ser tratados mal, pois eles estavam dispostos a prescindir do pagamento para abandonarem a prisão. Um prisioneiro desenvolveu comichão cutânea de origem psicossomática de todo o corpo, ao descobrir que não poderia abandonar pois perderia o dinheiro, preferiu ficar. Zimbardo ignorou alegando que apenas estava a fingir para apenas sair. Os casos mais comuns dos prisioneiros foi o choro incontrolável e o pensamento desorganizado, sendo que dois deles foram obrigados a sair por terem contraído trauma.

Phillip Zimbardo


O final

  • Quando Zimbardo resolveu abortar o experimento, foi chamada uma pesquisadora que nada sabia do que havia sido feito para conduzir as entrevistas com os participantes. A pesquisadora em questão estava tendo um relacionamento com Zimbardo, na época do experimento, e atualmente é casada com ele. Dentre todas as 50 pessoas que visitaram a "prisão", a única pessoa que questionou a ética de tal experimento foi ela. O experimento, que havia sido planeado para durar duas semanas, durou apenas seis dias.
  •  O processo de individualização leva a uma perda de responsabilidade pessoal, que é a visão reduzida das consequências de suas ações, que enfraquece os controles com base em culpa, vergonha, medo, bem como aqueles que inibem a expressão do comportamento destrutivo. Individualização implica, portanto, uma sensação diminuída de si mesmo e identificação, e uma maior sensibilidade para as metas e as ações tomadas pelo grupo: o indivíduo pensa, em outras palavras, que suas ações são parte daquelas cometidas pelo grupo.


 Opinião

Na minha opinião , a experiência demonstrou o quão sádico o ser humano pode ser sujeito ao poder máximo perante outro ser humano, e que nos demonstra o quão perto podemos estar do reino animal , sendo que os nossos fatores biológicos mais primitivos remetem nos para , se caso detivermos um papel de superioridade perante o nosso superior , e como no caso da experiência de Stanford, sem meios nem leis, sentimos prazer ao poder tratar mal algo inferior.
 A experiência pode nos explicar factos denotados na 2 guerra mundial, em que, ao serem julgados no tribunal de Nuremberga, alguns militares da SS, defenderam se com o argumento de apenas estarem a cumprir ordens e sendo superiores , tinha de subjugar os judeus a tratamentos pouco humanos.
 Também nos pode ensinar que a população quando subjugada ao dinheiro, prefere ser tratada mal ao invés de perder o dinheiro pelo qual lutaram!


Bibliografia



Trabalho realizado por: 
Rita Oliveira Nº26
Ricardo Pereira Nº25


Crianças selvagens


    As crianças selvagens

 As chamadas crianças-lobos, que foram descobertas na Índia em 1920, viviam numa família de lobos, provavelmente desde bebés ou crianças. Ora, estas crianças, como seria de esperar, apresentavam todos os comportamentos de um animal como o lobo. Aliás, o facto de darem saltos e de uivarem e de serem mais ativos durante a noite do que durante o dia mostra exatamente que os seus comportamentos eram típicos dos lobos.

 Efetivamente, estas são crianças selvagens, uma vez que foram criadas num ambiente selvagem, na companhia de animais, e assim sendo os seus comportamentos não são de todo "humanizados", e sabemos que isto sucedeu porque cresceram privados de todo o contacto humano.
 Mais ainda, quando essas crianças são reintegradas no meio social (numa família de acolhimento), dificilmente conseguem adaptar-se, tal como sucederia connosco se, neste momento, nos víssemos obrigados a viver em plena selva, privados de um modo de vida a que fomos habituados desde nascença.
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 E é aqui que começa a questão fundamental desta dissertação. É o Ser Humano o resultado da interação entre a hereditariedade e o meio? A resposta é afirmativa, pois o Ser Humano é marcado pela sua hereditariedade específica (característica da espécie) e, como tal, torna-se um ser único (hereditariedade individual)

 Conseguimos, então, perceber que estas crianças, embora fossem seres humanos, agiam por puro instinto e estavam privadas do uso das suas faculdades mentais, exatamente porque essa parte nunca foi estimulada. Sabemos que os animais agem por instinto e estas crianças, como cresceram com eles, jamais puderam testar a suas faculdades racionais.
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Beatriz Silva
Sara Sousa