domingo, 15 de dezembro de 2019

Crianças selvagens


    As crianças selvagens

 As chamadas crianças-lobos, que foram descobertas na Índia em 1920, viviam numa família de lobos, provavelmente desde bebés ou crianças. Ora, estas crianças, como seria de esperar, apresentavam todos os comportamentos de um animal como o lobo. Aliás, o facto de darem saltos e de uivarem e de serem mais ativos durante a noite do que durante o dia mostra exatamente que os seus comportamentos eram típicos dos lobos.

 Efetivamente, estas são crianças selvagens, uma vez que foram criadas num ambiente selvagem, na companhia de animais, e assim sendo os seus comportamentos não são de todo "humanizados", e sabemos que isto sucedeu porque cresceram privados de todo o contacto humano.
 Mais ainda, quando essas crianças são reintegradas no meio social (numa família de acolhimento), dificilmente conseguem adaptar-se, tal como sucederia connosco se, neste momento, nos víssemos obrigados a viver em plena selva, privados de um modo de vida a que fomos habituados desde nascença.
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 E é aqui que começa a questão fundamental desta dissertação. É o Ser Humano o resultado da interação entre a hereditariedade e o meio? A resposta é afirmativa, pois o Ser Humano é marcado pela sua hereditariedade específica (característica da espécie) e, como tal, torna-se um ser único (hereditariedade individual)

 Conseguimos, então, perceber que estas crianças, embora fossem seres humanos, agiam por puro instinto e estavam privadas do uso das suas faculdades mentais, exatamente porque essa parte nunca foi estimulada. Sabemos que os animais agem por instinto e estas crianças, como cresceram com eles, jamais puderam testar a suas faculdades racionais.
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Beatriz Silva
Sara Sousa

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