quarta-feira, 25 de março de 2020

A PSICANÁLISE, O SONHO E A PSICOLOGIA




O SONHO

  • processos psíquicos vitais
  • experiências subjetivas



 Criados através da relação do nosso mundo interior com o exterior.


 

        Função: Regular e equilibrar a nossa vida.


                      Forma de comunicação com nosso inconsciente e também com o inconsciente coletivo.



O sonho começou a ser objeto de estudo da com Freud – é um marco importante dessa inserção no campo científico é sua obra “Interpretação dos sonhos”, de 1899. A partir daí o sonho foi considerado uma forma de comunicação do nosso subconsciente, e eventualmente a ser estudado por outros cientistas, posteriormente.




Segundo a teoria freudiana, os sonhos revelam desejos emoções ocultas. Freud explicou os sonhos como sendo manifestações dos desejos e ansiedades mais profundas, muitas vezes relacionados a memórias ou obsessões reprimidas da infância. Além disso, ele acreditava que praticamente todos os tópicos sobre sonhos, independentemente de seu conteúdo, representavam a liberação da tensão sexual

Outras teorias proeminentes sugerem que os sonhos auxiliam na formação da memória, na solução de problemas ou simplesmente são um produto da ativação cerebral aleatória.




SIMBOLOGIA NOS SONHOS:

O inconsciente está em constante movimento: às vezes queremos fazer uma coisa e fazemos outra, às vezes queremos uma palavra e achamos muitas outras – menos a que procuramos. Quando dormimos não é diferenteA construção do sonho não se dá  de forma linear e clara, pois nosso inconsciente está sempre em ação, o desconhecido, as sombras, aquilo que rejeitamos. Aquilo que ainda não tomamos consciência, aquilo que reprimimos, muitas vezes aparece no sonho através de um simbolismo estranho e confuso. É como um novo pedido que fazemos a nós mesmos sobre os assuntos que valem a pena olharmos com outra perspetiva.


Os sonhos são criação nossa, falam de nós mesmos, do que estamos a viver, das nossas tarefas do momento, das nossas angústias e dos nossos planos futuros, é a 
comunicação com os aspetos inconscientes de nós mesmos.

Despertam a capacidade de produzir novas 
respostas às situações.  Existem cientistas que antes sonharam com determinadas fórmulas e depois resolveram 
conscientemente, por exemplo.

Dar atenção aos sonhos é dar atenção a nós mesmos. Aumentamos a nossa capacidade de autoconhecimento, aprendemos sobre nós com o nosso inconsciente.




TIPOS DE SONO:


Não lembrar dos sonhos pode acontecer por simplesmente não dar atenção a eles. Quando dormimos, vamos mergulhando em níveis de sono: o sono NREM (No Rapid Eye Movements) e  o sono REM (Rapid Eye Movements)  é o quinto estágio e o mais profundo deles. Portanto, considerando o aspeto neurológico, ao atingir este nível temos mais hipóteses de lembrar do que sonhamos. Mas isto não é regra, apenas uma contribuição neurológica, pois podemos lembrar de sonhos em níveis de sono leve.



Não lembrar dos sonhos não é necessariamente considerado um problema, mas lembrá-lo é, sim, um sinal de saúde mental




O DIFERENCIAL DA PSICOLOGIA ANALÍTICA

Durante os anos de 1907 e 1913, Jung trabalhou com Freud, o criador da  Psicanálise.


Devido a divergências entre as personalidades e convicções de cada um, separaram-se.  Jung criou a Psicologia Analítica. Em 1916 ele escreveu o primeiro texto sobre “A função transcendente”, o qual fala sobre a capacidade do psicológico se transformar a si mesmo, transcender a si mesmo à medida que fala entre os opostos (consciente e inconsciente, luz e sombra) rumo à versão completa do Ser. A Psicologia Analítica Junguiana é uma linha que trabalha com o Ser de forma integralcorpo, mente e espírito. Além do inconsciente pessoal de cada um, amplia-se o olhar para a existência de um inconsciente coletivo, uma teia de que todos fazemos parte e somos influenciados mutuamente. Além dos sonhos, as artes, a alquimia, os arquétipos, a sincronização são temas abordados através desta abordagem.



4 TIPOS DE SONHO 

(tabela criada por Jung, baseada na interligação do consciente com o inconsciente).
·        O primeiro indica um tipo de sonho tipicamente consciente, de um evento ou situação vivido no dia anterior.
·        O segundo advém de um conflito entre a posição do consciente e a posição do inconsciente.
·        O terceiro significa a forma com que determinados conteúdos inconscientes interferem na consciência, a fim de modificá-la.
·        O quarto é mais raro, são os chamados de ‘grandes sonhos’. Eles servem de orientação para toda uma fase da vida da pessoa e incluem os sonhos de infância e também os decisivos.



E  OS SONHOS PREMONITÓRIOS?
Na opinião dos psicanalistas, eles não são comuns, mas são possíveis. “Apenas pequena parte dos sonhos é de premonições, podendo revelar situações muito antes de acontecerem. Aquilo que conscientemente deixamos de ver é, quase sempre, captado pelo inconsciente, que pode transmitir a informação através do sonho. Só saberemos se é ou não uma premonição com o tempo. Por isso, podemos interpretar o sonho como uma premonição, mas precisamos levar em conta também a sua simbologia”. 




E SE O MESMO SONHO SE REPETIR POR MUITOS ANOS? 

Pode ser:
·        situações emocionais importantes que precisam ser resolvidas, que ainda não conseguimos dar conta ou resolver internamente;
·        Pode ser uma experiência de abandono, de agressão, ou de culpa;

O sonho fala-nos da nossa vida emocional e mental. Portanto, se os levarmos a sério, possivelmente teremos um indicador das situações que nos estão a afetar.



SONHOS COMO PROCESSO COGNITIVO  


Calvin S. Hall propôs que os sonhos são parte de um processo cognitivo no qual eles servem como “conceções de elementos de nossas vidas pessoais. Hall procurou temas e padrões ao analisar milhares de diários de sonhos dos participantes, criando, sistema de codificação quantitativa que dividiu o que está em nossos sonhos em várias categorias.
De acordo com a teoria de Hall, interpretar sonhos requer conhecimento:
  • As ações do sonhador dentro do sonho;
  • Os objetos e figuras no sonho;
  • As interações entre o sonhador e os personagens no sonho;
  • Configuração, transições e resultados do sonho.

O objetivo final dessa interpretação dos sonhos não é entender o sonho, mas sim compreender o sonhador.



TODAS AS PESSOAS SONHAM... 

inclusive os bebês. Numa única noite, uma pessoa pode ter um único sonho ou ter muitos sonhos diferentes. 
No mínimo, uma pessoa sonha durante 90 minutos. Algumas vezes, os sonhos podem ocupar mais de duas horas. Por isso, cientistas afirmam que uma pessoa pode passar até 6 anos de sua vida sonhando.
Em média, uma pessoa sonha de 4 a 7 sonhos diferentes em uma única noite. 95% deles são incompreensíveis e impossíveis de lembrar depois que despertamos. No entanto, outros são muito claros e costumam ficar na memória
Os sonhos podem ter naturezas variadas, como ser assustador, excitante, mágico, melancólico, aventureiro ou sexual. Os eventos nos sonhos geralmente estão fora do controlo do sonhador, com exceção do sonho lúcido, onde o sonhador é  autoconsciente. Os sonhos podem, às vezes, fazer com que um pensamento criativo ocorra à pessoa ou dê uma sensação de inspiração.



Beatriz Lopes nº7
Beatriz Pereira nº8


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