sexta-feira, 20 de março de 2020

Histeria

No final do século XIX, a psicanálise foi nomeada por Sigmund Freud como método de investigação dos processos inconscientes. Um dos primeiros temas elaborados por Freud, ainda na sua fase inicial com Charcot, foi o tema da histeria.


O ponto de partida da psicanálise foi a histeria, que ocorre devido a um trauma que faz com que a lembrança do incidente saia do consciente e vá para o inconsciente.



Mas, a lembrança no inconsciente ocasiona sintomas, pois as ideias inconscientes lutam por expressão e são capazes de modificar o pensamento e a ação do indivíduo.



A histeria, como o próprio inconsciente, tem um jeito todo seu de guardar segredos. A Psicanálise, de certa forma, surgiu como uma consequência lógica de perguntas sobre sexo, conflito e poder que a histeria apresentou ao longo dos séculos, e ela tem uma maneira própria de colocá-las em prosa, em histórias próprias.


O encontro de Freud com a histeria e com a histérica está na origem da Psicanálise. Ele, em um mundo patriarcal, ousou ouvir a histérica, e via na histeria uma manifestação psíquica, como uma forma de significar o corpo e o mundo. Ele pôde perceber o “valor do sintoma” e estuda-los sob uma nova ótica



Freud ficou intrigado com o fato de que a histeria, embora não demonstrasse nenhuma perturbação neurológica orgânica, não se caracterizava como fingimento e notou, ainda, que a histeria não se apresentar somente em mulheres.



A histérica, de acordo com Freud, é aquela cujas fantasias não lhe permitiram entre ser menino ou ser menina. Elas querem mas não conseguiram assumir as responsabilidades desse querer.



Fábio Miguel Cunha Monteiro 12c
Francisco José Faria Fernandes  12c

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