Feminismo

 "É mais fácil dizer que as feministas não gostam de homens ou que são mal amadas.” 

Dizer que as feministas são histéricas, mal amadas ou que não gostam de homens, são alguns dos insultos mais comuns, explica ao Observador, Patrícia Motta Veiga. 

História do feminismo

A História do “empoderamento” feminino não é tão antiga como deveria ser. Até o século XIX, a mulher era vista como um ser inferior aos homens, as quais não possuíam os mesmos privilégios que eles, por exemplo, ler, escrever, estudar, guerrear, enfim, escolher. É importante lembrar que, grande parte das culturas no mundo,  está alicerçada numa sociedade patriarcal, pautada na dominação masculina.

O homem, além de ser o membro mais importante da família, desde muito tempo, é considerado o foco principal. Ele é que possui privilégios em relação às mulheres, chamadas equivocadamente de “sexo frágil”.

Diante disso, a figura feminina foi construída numa sociedade patriarcal, onde as atribuições da mulher estavam restritas aos trabalhos domésticos e à educação dos filhos.

Desde cedo, as meninas eram educadas para ajudar as mães nos trabalhos domésticos, casar e ter filhos. Nesse contexto, não podiam trabalhar fora, ao mesmo tempo que não tinham acesso aos assuntos relacionados com política ou economia.

Assim, aos poucos, os movimentos feministas espalhados pelo mundo ganharam corpo e lutaram cada vez mais pelos direitos das mulheres (direito à educação, voto, contrato, propriedade, divórcio, igualdade de salários, aborto).

Em épocas antigas era impensável uma mulher candidatar-se a um cargo político ou  desempenhar cargos em várias áreas como: culturas, artes, economia, política, etc.

Graças à sua luta, a mulher passou de elemento secundário para uma componente extremamente fundamental na sociedade atual, abandonando a figura de mera dona de casa, esposa e mãe.

                        O  que é, afinal, o Feminismo? 

O feminismo não é o contrário de machismo. Aquilo que as pessoas pressupõem é que, o feminismo pretende pôr as mulheres acima dos homens ou que as mulheres têm uma superioridade biológica, porque são capazes de ser mães, por exemplo. Existe uma corrente no feminismo que defende essa posição, mas o feminismo não é isso. A corrente principal, aquela onde me encontro, diz que as mulheres e os homens têm os mesmos direitos e os mesmos deveres, e devem ser tratados segundo as suas características particulares, independentemente do género. Este é, de facto, um dos grandes dogmas. Toda a gente acha que as feministas pretendem ter homens completamente submissos à vontade das mulheres, o que não é verdade. 

(Patrícia Motta Veiga.)

 Exemplo de uma grande mulher feminista: 

Bertha Lutz 

Nasceu em São Paulo, a 2 de agosto de 1894, a bióloga Bertha Lutz teve participação direta pela articulação política que resultou nas leis que deram direito de voto às mulheres e igualdade de direitos políticos nos anos 20 e 30. Foi uma das organizadoras do movimento sufragista no Brasil, após ter tido contacto com os movimentos feministas europeus quando estudava na universidade de Sorbonne, na França, no início do século XX. 

Foi a segunda mulher a ingressar no serviço público brasileiro (1918), criou a Liga para a Emancipação Intelectual da Mulher, o Embrião da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino (1922).

Mariana Sá, n.22

Mariana Pereira, n.24