segunda-feira, 22 de junho de 2020

                                                                 
                 As relações precoces no desenvolvimento                                          humano  
                    (Trabalho realizado por Ricardo Pereira)


Introdução
      Este trabalho foi realizado no âmbito da disciplina de psicologia, a pedido do professor Raul Brandão. Neste trabalho iremos abordar temas como:
    - A importância da passagem da díade á relação triangular e aos grupos sociais.
 
    - A vinculação e o equilíbrio psicológico do ser humano
 
    - A relação da vinculação e o processo de individualização
 
    - As experiencias de Harlow e o seu contributo para a compreensão da importância das relações precoces
   
     -As consequências das perturbações nas relações precoces de vinculação
   
     -Os estudos de Spitz e a definição de hospitalismo.












1) Desenvolvimento.

      A cria humana é prematura, ou seja, nasce com uma vulnerabilidade que torna indispensáveis os cuidados prestados pelos adultos. Neste processo de desenvolvimento a cria, utiliza estratégias de comunicação com os progenitores. O choro, o sorriso, as expressões faciais e os gestos são exemplos de estratégias comunicacionais. 

    Díade: Relação mãe-Bebé
    Tríade: Relação mãe-bebé-Pai






 O bebé humano, devido á  prematuridade, necessita de cuidados prolongados ao longo do tempo.
A relação mãe-bebe, em virtude das alterações da estrutura familiar das sociedades ocidentais, evoluiu para um relação onde o papel do pai, embora diferendo do da mãe, tem grande importância no desenvolvimento da criança. A qualidade destas relações vai marcar as relações sociais que irá estabelecer o futuro.


2)Vinculação 

Vinculação é a necessidade de o bebé criar e manter relações de proximidade e afetividade com os adultos que cuidam dele, para garantir a satisfação das suas necessidades, nomeadamente proteção e segurança.
Ao haver vinculação, a criança sente uma grande segurança para explorar o mundo que rodeia.
A criança ao sentir se insegura, pode regressar ao meio onde receba essa segurança, quer sejam os pais ou outros tutores.

3)A experiencias de Harlow

Harlow estudou nos macacos os efeitos da ausência da mãe. Os macacos bebés tinhas acesso a duas mãe artificiais, uma de arame e outra de peluche, em que ambas forneciam alimento através de um biberão, Noutra situação experimental , apenas a mãe de arame fornecia alimento.
Verificou-se que em ambas as situações as crias procuravam mais a mãe de peluche, procurando apenas a mãe de arame para comer (alimento)
Conclui-se assim que a vinculação vai para além da satisfação da necessidade de alimentação, implicando também a satisfação da necessidade de contacto e conforto.


A ausência ou a perturbação das relações precoces de vinculação pode conduzir consequências graves no desenvolvimento psicológico e emocional das crianças. Nestes casos, são afetadas a confiança nas próprias capacidades e os processos de interação com os outros.
O processo de vinculação segura proporciona um equilíbrio emocional e uma melhor interação social.

4) Os estudos de Spitz e a definicao de hospitalismo

René Spitz estudou crianças instucionalizadas durante o seu primeiro ano de vida e as consequências para o seu desenvolvimento da falta de laços afetivos.
Essas crianças apresentavam perturbações, muitas vezes irreversíveis, como atrasos de desenvolvimento físico, menor resistência a doenças, apatia, dificuldades de adaptação, atraso na linguagem, etc... Spitz usou o termo hospitalismo para designar este conjunto de perturbações da ausência de cuidados maternos.





2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Olá senhor aluno Ricardo, antes de mais gostava de elogiar o teu trabalho, que apesar de simples consegue explicar de forma clara as relações precoces no desenvolvimento humano. Gostei também da tua originalidade ao colocar um video, que de certa forma me ajudou a perceber melhor esta questão. Achei muito curioso o facto da cria utilizar uma "mãe" para se alimentar e outra para afetos e carinho, mostrando de forma evidente que necessita tanto de carinho como da alimentação.
    Gostaria contudo, de saber mais sobre os estudos de Spitz e a definição de hospitalismo, e queria também saber quais os principais tipos de falta de afeto na infância que posteriormente levam a perturbações, como atrasos de desenvolvimento físico, menor resistência a doenças, apatia, dificuldades de adaptação e atraso na linguagem. Todas as crianças que sofreram deste problema têm algum tipo de perturbação adjacente?

    Continuação de bom trabalho!
    (Adorei a hora que publicaste o trabalho, visto que é a minha hora de estudo diário)

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