segunda-feira, 1 de junho de 2020

O carácter específico dos processos cognitivos- perceção, memória e aprendizagem ( parte l)


                               Compreender a noção de cognição.

Cognição consiste no conhecimento humano e animal sob diferentes formas: perceção, aprendizagem, memória, consciência, atenção e inteligência. Segundo Marc Richelle, cognição é o conjunto de mecanismos pelos quais um organismo adquire informação, a trata, a conserva, a explora; designa também o produto mental destes mecanismos, quer seja encarado de um modo generalizado quer a propósito de um caso particular.
Marc Richelle


O que é a Perceção?

A perceção é um processo cognitivo através do qual contactamos com o mundo, que se caracteriza por exigir a presença da realidade a conhecer, ou seja a perceção pode definir-se como a capacidade de captar, processar e dar sentido de forma ativa à informação que alcança os nossos sentidos. Pela perceção, organizamos e interpretamos as informações sensoriais. Por isso, a perceção começa nos órgãos recetores (sensoriais) que são sensíveis a estímulos específicos.
A perceção é uma atividade cognitiva que não se limita ao registo da informação sensorial, implica a atribuição de sentido, que remete para a nossa experiência. As perceções resultam de um trabalho árduo de análise e síntese por parte do cérebro, destacando o seu carácter ativo e influenciado pelos conhecimentos, experiências, expectativas e interesses do sujeito.




Reconhecer o carácter subjetivo da perceção.
A nossa perceção do mundo é subjetiva, na medida em que percebemos o meio que nos rodeia em função dos nossos conhecimentos adquiridos, necessidades, interesses, valores, expectativas e experiências passadas. É importante perceber que não percecionamos de uma forma neutra e objetiva, mas antes individual, parcial e subjetiva. E é devido a esta última característica que a perceção nos permite antecipar acontecimentos e prever comportamentos, o que nos permite prepararmo-nos para eles.

Por outro lado, a motivação e os estados emocionais de cada um têm grande influência na perceção que o indivíduo tem da realidade numa dada situação, por exemplo, o nervosismo e o medo implicam, regularmente, uma distorção e ampliação de factos que nos é incontrolável.
Também o interesse que os acontecimentos e assuntos nos despertam é importante para a perceção já que os estímulos percetivos são selecionados pela nossa atenção e, por isso, tendemos a adquirir mais conhecimentos nas áreas que mais nos fascinam.


 Esclarecimento sobre o conceito de perceção social:
Perceção social é o processo que está na base das interações sociais, ou seja, o modo como conhecemos os outros, analisamos os seus comportamentos e entendemos os seus perfis. É o modo como percecionamos as situações sociais e o comportamento dos outros que orienta o nosso próprio comportamento. Por isso, podemos afirmar que a perceção social está inteiramente relacionada com os grupos sociais, a cultura e o contexto social do indivíduo.



 Exemplos de percepção
  •   É importante detectar a tempo qualquer problema perceptivo que possa ter um aluno. Isto permitir-nos-á aplicar os meios necessários para que não perca informação auditiva (o que diz o professor) e visual (o texto do quadro e dos livros).
  • Uma correcta percepção facilita que os trabalhadores possam realizar eficientemente o seu trabalho. Os artistas são um claro exemplo da importância da percepção no mundo profissional, mas qualquer posto de trabalho vai requerer em maior ou menor medida algum tipo de percepção: varredores, taxistas, desenhadores, polícias, caixas de supermercado, obreiros...
  • Perceber os estímulos da estrada, assim como os sons do próprio carro é essencial para uma condução segura.



Inês Mariana lima nº16








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